sábado, 24 de janeiro de 2009

Já passaram muitos anos. Os suficientes para que se abordar o tema da descolonização sem complexos. Sem raiva. Júlio Magalhães, Que memória guarda de África?- Vim para Portugal com 9 anos anos. Tenho memória de tudo – da minha casa, do sítio onde brincava, do Rio das Pedras, da minha escola, a infantil, ‘Os Piriquitos’, Se voltasse lá (Capelongo, Matala e Castanheira de Pêra, a minha terra. Tenho a certeza de que ia direitinho aos sítios onde vivi, brinquei e estudei. - Como foi o regresso?- Eu e o meu irmão viemos à frente, em 1975. Passados dez meses veio a minha mãe com a minha irmã. Ficámos em casa de família, no Porto. O meu pai permaneceu para tentar trazer alguma coisa, mas acabou por vir sem nada. - Percebeu o que se passava?- Sim, sobretudo no aeroporto de Luanda, quando me despedi dos meus pais. Foi o momento mais difícil. E antes, em Sá da Bandeira, quando me despedi dos meus amigos. Sabíamos que em breve estaríamos todos no continente.

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Noticias de Castanheira de Pera - Portugal disse...

Eu sou de Castanheira de Pera - Portugal.

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